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Os palcos do Festival de Dança de Joinville , no Norte catarinense, receberam a bailarina Vitória Bueno, que nasceu com má formação congênita e sem os dois braços. Além de dançar, a jovem de 18 anos também palestrou para o público na terça-feira (26).
“Eu não tenho limites para sonhar, a minha deficiência é só um detalhe. Então vou continuar lutando e correndo atrás dos meus sonhos”, celebra.
Nesta semana, a bailarina se apresentou pela primeira vez nos palcos abertos do festival.
“Eu fico muito feliz porque sempre foi meu sonho conhecer o maior festival de dança do mundo e vendo que, além de dançar, vou palestrar para contar um pouquinho da minha história, é algo difícil de acreditar, surreal”, comenta.
Sem os braços, a bailarina de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, aprendeu a utilizar os pés para todas as atividades do dia a dia.
A habilidade despertou o interesse dela pela dança. Aos 5 anos, ela foi apresentada ao balé clássico por uma das fisioterapeutas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que viu que a menina dançante poderia ter um futuro promissor. A fisioterapeuta se inspirou após assistir a um vídeo de uma bailarina americana sem os dois braços.
Vitória Bueno nasceu com má formação congênita e sem os braços — Foto: Silas Junior / NSC TV Joinville
Em 13 anos de carreira, Vitória se destacou em um dos maiores concursos de talentos da televisão da Alemanha, onde conquistou o segundo lugar. Ela foi convidada a participar por meio dos produtores do programa, sendo a única brasileira da grupo de candidatos.
Assim como os outros participantes, ela fez o processo de seleção. A primeira fase aconteceu em agosto do ano passado. Com uma coreografia de jazz lírico e uma música da Beyoncé, que fala sobre deixar sua marca e legado no mundo, a mineira emocionou os jurados e conquistou o direito de ir direto para a final do concurso.
O 39ª Festival de Dança de Joinville começou em 19 de julho e se estende até sábado (30). A edição marca a volta do modelo presencial do evento.
Segundo a organização, a edição deste ano conta com mais de 4,1 mil coreografias inscritas, o maior índice de participação até então era o da edição de 2019, com 3.275 coreografias inscritas.
O festival tem a sede principal no Centreventos Cau Hansen, em Joinville, além de palcos abertos espalhados por Joinville, São Francisco do Sul, Araquari e São Bento do Sul, todos municípios do Norte catarinense. As duas últimas cidades recebem o evento pela primeira vez.
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